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11/09/2011

“A VIDA NO AUTÓDROMO PAULISTA”

    Em meio a um mundo totalmente conectado, a vida social exige que façamos muitas coisas ao mesmo tempo, deixando de aproveitar a sua essência, o sabor da conquista, etc. A vida na rua passa tão rápido, que não conseguimos ver o por do sol como antes, as coisas são passageiras, indefiníveis. Difícil mesmo, é poder desfrutar de paisagens que antes eram naturais, hoje, no corre-corre, parecemo-nos como carros de corrida que são preparados apenas para um único objetivo: competir. Em nosso caso, competimos pela nossa sobrevivência. Passamos o dia todo no trabalho e, quando saímos, muitos correm para chegar a tempo no outro trabalho, outros para não perderem o metrô, ônibus, carona, etc.

    Andar pela cidade de são Paulo hoje necessita de paciência, pois, passear de carro, tomar uma condução, locomover-se de metrô é cansativo demais. O corre-corre das pessoas, fazem esquecer a educação dentro da bolsa ou em casa, se é que possuem.

    No metrô, podemos nos deparar com situações do tipo: “cadê minha bolsa?” ou “nossa, perdi a hora”. Contudo, a vida vai se tornando passageira sem percebermos e quando nos depararmos com o tempo, já não teremos mais como aproveita-la.

    A grande São Paulo, é sim, uma gigantesca metrópole, mas temos alguma válvula de escape dentro de nossos trabalhos? Algo que alivie o estresse causado pelo: “bibi-bibi” ou “vrum-vrum”? Desfrutar dos grandes parques que essa imensa cidade possui é uma forma de lazer e descanso para a acelerada vida paulista, mais todas as vezes que isso é possível, ainda preferimos contar o tempo para não perdermos a hora do ônibus, metrô... Como seria a vida dos paulistas se o relógio parasse ou atrasasse?

    O crescimento acelerado dessa cidade, não deve se ter feito no tempo certo, ou, diga-se de passagem, na “hora certa”. A evolução da floresta biológica para a projetada trouxe consigo o caos urbano. Grandes vias automobilísticas, o grande fluxo de veículos automotivos e as edificações, fazem parte desse crescimento abrupto, causando impacto principalmente na população.

    O Viver também faz parte do “desenvolver”, mas para se viver, precisamos superar etapas graduais, ou seja, crescente de acordo com seus níveis de dificuldade.

    O que escrevi, não deve ser interpretado como uma critica à capital paulista, mas sim, o relato de um momento que passei nessa imensa cidade concretada, onde os carros dominam as ruas, as pessoas não se divertem por causa do tempo corrido que as detém, da lotação dos corredores de metrôs, das “caras e bocas” nos ônibus, dos ciclistas pedalando somente aos fins de semana, o esbarrar de ombros na famosa Avenida 25 de março, e, outros lugares que imagino, mas que não pude visitar.

Handerson Sousa da Silva

São Paulo-SP, 08 de novembro de 2011.

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